terça-feira, 31 de julho de 2012

Genética



Of Monsters and Men - King and Lionheart

(...)
Howling ghost they reappear 
In mountains that are stacked with fear
But you're a king and I'm a lion-heart.


A bipolaridade está bem presente no código genético de um sportinguista. O início da época é a fase da renovação das esperanças, que serão irremediavelmente destruídas à primeira derrota, para depois serem vivamente ressuscitadas quando a tabela classificativa volta a ditar-nos possibilidades, nem que seja no início de uma nova época. Porque apesar do cepticismo e negativismo, são a crença e a esperança as características dominantes num sportinguista.

É com a objectividade relativa que a minha carga genética permite, que penso que este ano existe, um equilíbrio e uma estabilidade que nos permite acreditar em alguma coisa de bom.  Olhando apenas para nós, vejo um plantel equilibrado e coeso, que, ao contrário de outras épocas, dá a clara sensação de ter sido pensado e planificado de acordo a ideias e pressupostos. Correctos ou não, lá para a frente verificaremos, mas pelo menos há a sensação de se estar a seguir uma estratégia, de não haver decisões atabalhoadas com correcções apressadas logo depois. Independentemente das críticas que qualquer adepto apaixonado fará ('Viola quando precisamos de um ponta de lança?', 'JP por 3,6 M €? Matias por 3,1?', 'O Carriço ainda lá anda?'), sinto mais profissionalismo na gestão do futebol e maior estabilidade da estrutura do que no passado, mesmo em relação à ultima época, mais atípica pela necessidade de revolução no plantel e recém-entrada dos novos corpos sociais. Claro que ainda não chegou a primeira derrota, a que poderá desmantelar o castelo que não pretendemos que seja de cartas. Mas até lá, espero que se vá criando um crescente capital de confiança. O lítio para a nossa bipolaridade.

PS. Qualquer dia, ouviremos dizer que Bjork e Sigur Rós são da terra dos Of Monsters and Men...

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